Foi concedida, essa manhã, a licença total do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) que permite a instalação para o início das obras da usina hidrelétrica de Belo Monte, no rio Xingu, no Pará.
Segundo o Ibama em entrevista ao site G1, o licenciamento foi baseado em uma "robusta análise técnica e resultou na incorporação de ganhos socioambientais. Entre eles, a garantia de vazões na Volta Grande do Xingu suficientes para a manutenção dos ecossistemas e dos modos de vida das populações ribeirinhas". De acordo com o mesmo site, o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, rebateu a crítica relacionada à seca na Volta Grande do Rio e informou que a matriz energética é limpa.
A licença prevê a construção de um canal de derivação, o que reduz o volume de terra que precisará ser escavada na região, reduzindo o impacto ambiental da obra e políticas públicas ligadas à educação e saúde na região. A área de ocupação da hidrelétrica passa por cinco municípios: Altamira, Anapu, Brasil Novo, Senador José Porfírio e Vitória do Xingu. A região também possui comunidades indígenas que são contra a implantação da usina. De acordo com o líder Caiapó, Megaron Txucarramae, o governo não escuta a minoria, mesmo tendo apoio da Funai
Uma das maiores obras de infraestrutura previstas pelo Governo Federal, a hidrelétrica é polêmica, pois de um lado está a necessidade de garantir o abastecimento de energia elétrica para os próximos anos e, por outro, riscos ambientais e sociais. O custo da usina de Belo Monte será de mais de R$ 20 bilhões e deve começar a operar em 2015.
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