O presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), defende que os documentos secretos devem permanecer em caráter confidenciais. O Jornal do Brasil publicou as seguintes declarações dadas por Sarney: "Acho que não podemos fazer o WikiLeaks da história do Brasil da construção das nossas fronteiras. [...] Acho que esse projeto foi feito com muita pressa. Se está tratando dele de uma maneira muito geral. É um projeto longo de mais de 20 páginas. Se nós pegarmos todo nosso acervo histórico do Itamaraty, da construção da fronteira do Brasil, e formos divulgar nesse momento, vamos abrir feridas com os nossos vizinhos. Nossos antepassados nos deixaram este país com as fronteiras consolidadas, sem reivindicações nenhumas. Por que vamos agora abrir com esses países? Se isso chega ao gabinete do presidente da Bolívia, ele está com um mapa que era muito mais que grande parte do território que eles perderam. No Peru também, é outro país que tem reivindicações. Não podemos reabrir essas coisas históricas do passado", observou o presidente do Senado. "Acho que não podemos fazer o WikiLeaks da história do Brasil da construção das nossas fronteiras. Quanto aos documentos atuais, não tenho nenhuma restrição, acho que eles têm de ser abertos, devem ser publicados. Quero é melhorar o projeto, não quero que o projeto não exista. Se o Congresso não pode nem melhorar o projeto, aí não tem razão de ser. Minhas preocupações como intelectual e estudioso da História são no que se refere aos documentos históricos do Brasil, da formação do País, da nossa nacionalidade, da nossa história. Isso não podemos mexer. Nenhum país faz isso no mundo e não podemos fazer isso agora", disse.
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